#2AnosDeTerror
Com o fim da guerra em Gaza, a esquerda vai precisar de um novo discurso antissemita
Depois de 738 dias no inferno, os 20 reféns sequestrados pelo Hamas que ainda estavam vivos, foram liberados.
Durante todo esse tempo, eles enfrentaram a mais brutal das provações: foram torturados, espancados, violentados, ameaçados de morte, submetidos a fome e sede extremas, forçados a cavar a própria cova. Estiveram trancados em túneis a dezenas de metros sob o solo, sem sequer vislumbrar a luz do dia.
Não é preciso muito para imaginar o estado físico e psicológico dessas pessoas. E tudo isso por um único e hediondo motivo: serem judeus.
A barbárie é tamanha que nem mesmo os corpos dos reféns mortos foram devolvidos às famílias para que pudessem sepultá-los. Pode haver crueldade maior?
A violência e a barbárie do Hamas não têm paralelo no mundo civilizado e, talvez, em nenhum período da História da humanidade.
Os terroristas do Hamas agem como demônios. São a encarnação do mal, realizando atos que nem mesmo os animais seriam capazes de cometer.
Que nível de ódio cego e doentio é preciso para infligir tanta dor e sofrimento a outro ser humano, apenas por pertencer a uma etnia?
Como é possível odiar tanto a ponto de desumanizar o outro – e, no processo, desumanizar a si mesmo – para agir com tal maldade, unicamente por que a vítima é judia?
Isso é o ódio em sua forma mais pura e essencial. É o ódio que acredita que só a eliminação física dos judeus libertará o povo palestino dos seus próprios grilhões.
Essa mentira perversa foi, tristemente, endossada por setores da esquerda, que em discursos inflamados defendem o Hamas e demonizam os judeus.
É uma esquerda que crê que a tragédia do povo palestino é fruto do "sucesso" do povo judeu.
Essa corrente de pensamento não prega apenas a não existência de Israel, mas a não existência dos judeus. É uma esquerda que demonstra odiar mais os judeus do que se preocupar com o bem-estar genuíno dos palestinos.
É evidente que essa facção não celebrou o fim da guerra que tanto combatia, porque sua preocupação real não era com os palestinos, mas sim com o extermínio do povo judeu. Os palestinos, para o Hamas e para essa esquerda, são apenas bucha de canhão.
Outro motivo mesquinho para a inação dessa esquerda em celebrar o fim da guerra foi o fato de a paz ter sido alcançada por Donald Trump, um líder que esse grupo jamais poderá elogiar por qualquer ato seu. Vale ressaltar que nenhum líder de esquerda ou do Sul Global moveu um dedo sequer para acabar com o conflito.
Governantes, políticos, autoridades, jornalistas e artistas apoiaram e justificaram essa barbárie, essa incivilidade e maldade, pelo simples e vil motivo de odiarem os judeus. Uma única palavra define o posicionamento dessas pessoas: antissemitismo.
Essa esquerda adota o pensamento fascista e nazista de classificar os judeus como Untermenschen – seres não humanos.
Vocês, antissemitas que saíram do armário, que expuseram publicamente seu ódio, agora tentarão se esconder na poeira suja e no lamaçal da História.
Chamar vocês de porcos é ofender os suínos.
Vocês são lixo. Lixo. Um monte de lixo.
Perfeito, Marcio, como sempre. O pior é que para o antissemita, nem precisa haver judeus para cultivar o ódio. Quando Shakespeare escreveu "O mercador de Veneza", com tintas pesadamente antissemitas, ele não se baseou em alguém que conhecesse, porque nunca vira um judeu. Eles haviam sido expulsos da Inglaterra 400 anos antes. Ele simplesmente ecoou um ódio profundamente arraigado na Europa. É só uma questão de dias para esses animais inventarem uma nova mentira para pendurar nos judeus. Seca no Nordeste? Tsunami na Indonésia? Queda de cabelo da Janjanta? É tudo culpa dos judeus.
Sempre um prazer ler seus textos - cirúrgico, como de costume. Parabéns pela lucidez e por lançar luz sobre essas atrocidades ignoradas por muitos.