Não É Imprensa

Não É Imprensa

Share this post

Não É Imprensa
Não É Imprensa
#Abstenha-se

#Abstenha-se

Em 2004, nosso doge de Veneza descrevia o vício degenerado da nossa política

Avatar de Não é Redação
Não é Redação
jun 06, 2024
∙ Pago
220

Share this post

Não É Imprensa
Não É Imprensa
#Abstenha-se
33
1
Compartilhar

“(…) Vi muita gente comemorar a derrota eleitoral de caciques da política como Maluf, Quércia, Collor, Brizola. Na imprensa, os editorialistas mais comedidos celebraram o “amadurecimento do eleitorado”, enquanto os mais hiperbólicos afirmaram que o “eleitor era sábio” e que o “Brasil deu motivos para entusiasmo”. O próprio presidente Fernando Henrique Cardoso atribui-se os méritos pela mudança: “Graças ao meu estilo de governar, as oligarquias foram perdendo a centralidade na política”. Ou seja, todo mundo está muito feliz, muito otimista. Como eu desconfio de gente muito feliz e muito otimista, sobretudo ao que se refere a políticos e editorialistas, recordo que deputados, senadores, governadores e presidentes sempre conseguem ser mais desastrosos do que as expectativas. E que sempre aparece um filho, um neto ou um sobrinho para perpetuar os enganos dos seus antepassados. Se o voto do último domingo renovou a sua fé no futuro, e você saiu buzinando estupidamente pelas ruas para festejar a vitória esmagadora do seu candidato, saiba que irá quebrar a cara. Da próxima vez, abstenha-se”.

Diogo Mainardi, A tapas e pontapés, 4ª edição, Record, 2004, p. 93

Esta publicação é para assinantes pagos.

Já é um assinante pago? Entrar
Uma publicação convidada por
Não é Redação
Inscreva-se em Não
© 2025 Não é Imprensa
Privacidade ∙ Termos ∙ Aviso de coleta
Comece a escreverObtenha o App
Substack é o lar da grande cultura

Compartilhar