"A vida humana é curta, mas a vida da Arte é longa e o melhor ainda está por vir."
Paul Johnson
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A morte de Paul Johnson, ocorrida em 2023, é a perda de todos nós. E um sinal lamentável de nossos tempos é ver que a morte de um dos mais prolíficos e instigantes scholars do século XX passou praticamente em branco nos jornais e nos perfis dessa gente que "fala de cultura" nas redes sociais. A coisa é tão deprimente que, ao fazer uma pesquisa no Google sobre sua morte, em português encontramos referências ao falecimento um produtor de música de Chicago, homônimo de Johnson, e em inglês, entre outros obituários do produtor, temos os obituários do New York Times e do The Telegraph (ambos focados mais no lado polemista e ligando Johnson a Thatcher), e uma página na The Spectator que decentemente celebra os amplos interesses de Paul Johnson como historiador, jornalista, intelectual.
Muitos foram os livros de Johnson, da história do cristianismo, de perfis de intelectuais e criadores, um estudo sobre os tempos modernos, a história dos judeus, livros sobre a história da arte e do Renascimento, perfis sobre Winston Churchill e Jesus Cristo, e muitos outros mais. Para supressa de ninguém, muitos destes livros estão fora de catálogo em terra brasilis.
Dentre as diversas obras do historiador, aqueles que tratavam mais diretamente sobre a Arte e os artistas foram os de maior interesse, e foram os primeiros a despertar minhas próprias reflexões sobre o tema.