Os leitores do NEIM sabem que o governo Lula “flopou”, especialmente cada vez que tentam comprar algum alimento no supermercado do bairro.
“Mas os números da economia estão indo bem”, apregoam os comentaristas da GloboNews e outros integrantes da mídia tradicional. “Vejam como isso é bom”, diz Miriam Leitão a respeito do aumento dos preços do azeite e da inflação que aflige o cidadão brasileiro.
Porém, a expectativa não era de bom resultado na economia: Lula queria não somente “foder” com Moro (assim como Olavo de Carvalho quis fazer o mesmo com o país inteiro - e conseguiu), mas retornar aos índices de popularidade de quando saiu da presidência – na faixa de 80% de ótimo ou bom.
Aquele mundo acabou. E, a duras penas, o presidente da República, mais envelhecido, mas nunca sábio, aprende que o provérbio chinês de não regressar ao local onde foi mais feliz não poderia ser mais verdadeiro.
(Enquanto isso, comprar comida no supermercado tornou-se uma odisseia)
Todo essa introdução para comentar a entrevista que Fernando Haddad, o ministro da Fazenda que lê livros, concedeu à jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.
Trata-se de outro indício de um governo de velhacos: ele ainda acredita que uma entrevista à Mônica Bergamo vai surtir efeito de aplacar as críticas. Mas o luto também tem sua fase de negação, dizem os psicanalistas.
(Enquanto isso, comprar comida no supermercado tornou-se um funeral)
Falando em negação, é interessante observar a escolha do título. Bergamo anuncia que o ministro está fazendo uma autocrítica:
Governo tem que aprender a lidar com a extrema direita, pois será um longo inverno, diz Haddad em autocrítica
Como dizem os internautas sabichões da rede do Musk, há várias camadas no título acima.
Portanto, é hora de ligarmos o tradutor de lero-lero.