Poucos nomes souberam tocar e explorar temas como liberdade e opressão totalitária como George Orwell, o autor dos clássicos A Revolução dos Bichos e 1984, mas que tem nos seus ensaios suas melhores e mais agudas palavras contra os totalitarismos de ontem e de hoje, especialmente quando muitos que se colocam com defensores da democracia acreditam que defendê-la implica destruir toda independência de pensamento.
Pior que hoje, como ontem, os inimigos conscientes da liberdade são aqueles para quem a liberdade deveria significar o máximo. O ataque direto à decência intelectual surge no seio da intelligentsia.
Será que estas pessoas estão conscientes de que, ao incentivar métodos totalitários, podem se tornar vítimas destes mesmos métodos? Será que não percebem que ao tornar um hábito o condenar de seus oponentes sem julgamento, este processo esmagador não se limitará a eles?