O estagiário aprendeu na faculdade que Noam Chomsky disse certa vez que o jornalismo econômico é na maioria das vezes mais confiável do que os outros. Uma notícia escondida na seção “Mercado” na Folha de São Paulo talvez seja prova disso.
Afinal, o leitor que navega na homepage do UOL – essa grande versão hipster do programa do Ratinho, em que mulheres com três maridos, homens com três mulheres dividem espaço com outras pessoas interessadas em anunciar suas intimidades com o mundo – muitas vezes não imagina que a Folha também está por ali, envergonhada num canto. E quem chega à Folha, custa a achar alguma notícia como esta:
Na prática, o STF decidiu que o poder judiciário pode gastar à vontade, enquanto o resto do país aperta o cinto. É algo digno de nota, crê o estagiário, mas que não ganhará espaço entre as últimas armações dos influencers que ninguém conhece.
O estagiário – que não é tão jovem assim – lembrou-se da entrevista que o então ministro do STF Marco Aurélio Mello deu durante a pandemia. Nela, ele dizia que o STF nada poderia fazer para contribuir com as medidas de contenção de gastos, que a “vida econômica é impiedosa” e que “você não dá um passo sem meter a mão no bolso”.
Claro que ele tinha razão. Porém, só agora, cinco anos depois, é que estamos descobrindo de quem é o bolso.
Pautas como essa é que deveria colocar a população na rua para EXIGIR mais ética e moral desses canalhas !!!
Nada de novo no front.