Temos visto nos últimos dias o surgimento de diversos protestos em campus universitários americanos organizados por grupo de estudantes “antissionistas” contra o governo de Israel e contra a cumplicidade das instituições acadêmicas com aquele “estado colonialista e genocida” em campanha contra o povo palestino. Desde o ataque terrorista do Hamas e da Jihad islâmica em outubro de 2023, que matou mil e duzentas pessoas e feriu mais de cinco mil, o sentimento e o ressentimento contra o governo israelense, que sempre foi palpável entre certa elite intelectual progressista, tornou-se mais ativo, agressivo e pernicioso, criando tensão, ansiedade e medo nos ambientes acadêmicos, com alunos e professores judeus como principais alvos destes grupos. Os protestos alinham-se sob a iniciativa “Universidade Popular para Gaza”, e as demandas exigem o cessar-fogo imediato, o fim da ocupação israelense e do suporte das universidades ao estado de Israel.
A SJP - Students for Justice in Palestine -, principal organização por trás desses protestos, expôs seus objetivos de forma clara:
“…Nós, como estudantes, reivindicaremos nosso poder no campus – não haverá aulas ou conformidade com nossas instituições enquanto persistir a exploração descarada de nosso genocídio. Através do movimento estudantil por uma universidade popular, transformaremos a nossa mobilização de massas num poder sustentado e tangível… assumiremos o controle das nossas instituições, campus a campus, até que a Palestina seja livre.”
Tais declarações e exigências expõem muito mais do que mero desejo de paz e sentimentos humanitários; por trás das reinvindicações e palavras de protesto, encontramos nada menos do que o velho e pernicioso antijudaísmo. Não é preciso muito para identificar nas palavras desses ativistas pró-palestina o mesmo tipo de distorções, mentiras e teorias que servem para justificar suas ações, e nada disso é novidade para quem está minimamente atento ao que acontece no meio acadêmico e intelectual dos EUA (ou no Brasil).