#ARepúblicaNoChurrasco
Lula, de short Adidas e camisa regata, já meio alto, recebe Xandão com palmadas nas costas.
Por Kovács
Ao que parece, altos dignitários do país se reuniram num churrasco após a parada militar do Sete de Setembro na Capital Federal. Ao que parece, porque não vou gastar os meus belos olhos lendo esse tipo de notícia; ouvindo, muito menos: há nomes cuja simples menção dá uma vontade doida de furar os tímpanos. O churrasco depois de uma parada pode ser a solução lógica para a larica; no caso, era apenas o antídoto contra um programa de índio: a parada é a principal função dos militares depois de pintar meio-fio. Após de deixar militares, cavalos e cocô de cavalo para trás, dom Luís, o Inácio, foi comer a tal picanha que ninguém vê.
Fazer churrasco numa data cívica pode ser comum para nós, reles mortais não eleitos e que não representam nada além de si e precisam afogar as agruras do cotidiano com cerveja vagabunda e carne sebenta - porque, da picanha prometida, nem o cheiro nos coube -, mas soa esquisito entre autoridades, gente que, querendo ou não, representa o país e as instituições. Ainda mais quando a coisa se torna pública e envolve mais gente.