#ASalvaçãoDoBessias
A indicação de Jorge Messias para o STF avança sob a mística de um silêncio missionário
A piada da semana é que Jorge Messias talvez seja salvo por um milagre dos senadores evangélicos bolsonaristas. Eles admitem em OFF que votarão a favor da indicação de “Bessias”, mas não ousam declarar em público, com medo da militância.
O voto é secreto. Por isso Alcolumbre aproveitou para abrir uma negociação difícil. Ele jura ter 60 votos contra Bessias. E, nos calabouços, usa esse capital para barganhar uns carguinhos na máquina federal.
Gleisi Hoffmann negou que haja negociação.
“Jamais consideraríamos rebaixar a relação institucional com o presidente do Senado a qualquer espécie de fisiologismo ou negociações de cargos e emendas. O governo repele tais insinuações (…)”.
Nem a Gleisi acredita nessa lorota.
Já do lado bolsonarista, o problema é tentar convencer que Bessias é evangélico, portanto, conservador. Deu certo com Zanin, o advogado de Lula. Vai dar certo com Bessias, porque, no fundo, o que importa mesmo é qual o preço da indicação, no país em que para rir, tem de fazer rir.
Mas o PT conta com o voto secreto. Assim, os senadores bolsonaristas poderão negociar livremente a aprovação do petista terrivelmente evangélico, e jurar que votaram contra.
Enquanto isso, Alcolumbre antecipou a sabatina para atrapalhar a “espécie de fisiologismo ou negociações de cargos e emendas” que Gleisi nega estar acontecendo.
Como toda boa comédia nacional, o clímax é previsível: no dia 10, cada senador vai votar com a própria consciência — a de que é sempre bom estar a favor de um governo que sempre viveu desse fisiologismo ou negociações de cargos e emendas que Gleisi jura que não acontece.




Voto secreto tem que acabar!!!
Essa foto provoca engulhos, difícil encarar tanta falsidade baseada em religiões. A solução é o fim do voto secreto, só assim saberemos o que esses podres que elegemos estão fazendo, além de posar de santos.