#BaladaDaJovemSenhora
Os jantares de hoje não se parecem em nada com os jantares de antigamente.
Anselmo Gusmão completou oitenta e sete anos. É incomum alguém completar essa idade e mais incomum ainda comemorar publicamente o fato. Somos amigos há sessenta e três anos e compareci há sessenta e uma comemorações.
Falhei em apenas duas. À uma, porque estava na Espanha com Maria Teresa; à outra – pela qual não me perdoo –, porque havíamos discutido uns dias antes por uma facécia que começou com a comparação entre o realismo de Eça de Queiroz e o romantismo de Camillo Castello Branco, passou pela reforma ortográfica e foi acabar na utilidade do bacharelado em agronomia. Revelo a estultícia da discussão meramente como penitência de minha ausência, pelo que ficamos dispensados o leitor de compreender o acontecimento e eu do constrangimento de falhar em explicar.