“Hamas, Hamas, Jews to the gas”
Palavras de ordem de uma turba muçulmana em Amsterdã.
A descarada e vergonhosa articulação entre políticos, intelectuais, jornalistas e toda uma elite cultural, para relativizar o horror e a singularidade da Shoah obriga todos os que possuem um mínimo norte moral a resgatar a memória do horror nazista: com os guetos e leis que criminalizavam o “judaísmo”, com os campos de concentração e de extermínio, com a arquitetura da destruição envolvida na eliminação de seis milhões de judeus, com essa arquitetura única na história da humanidade – nunca toda uma estrutura política, econômica, cultural e industrial agiu de forma tão acintosa contra uma única classe de pessoas.
Mas não menos importante é também resgatar e reafirmar a história de uma outra Shoah, aquela que acontece ininterruptamente a partir do fim da Segunda Guerra e da derrota militar nazista, e que, desde então, já ceifou milhares de vidas judaicas e prova a necessidade urgente da manutenção e preservação do estado de Israel, pois os registros mostram que não há um povo mais acossado pelo terrorismo – de direita ou de esquerda, jihadista ou neonazista – do que o judeu – e nenhum povo vive, assim, sob ameaça constante de extermínio completo por seus inimigos.