#ATiraniaDosCoraçõesSensíveis
Em nome da compaixão, a política passou a confundir virtude moral com poder institucional
O Padre Júlio Lancellotti ocupa, no imaginário da esquerda ateia progressista, uma posição que certamente exorbita o sacerdócio. Sua figura condensa a caridade cristã em performance pública contínua. Cada gesto documentado, cada abraço fotografado, cada prato servido está inscrito na liturgia midiática da compaixão secular. Criticá-lo deixou de ser ato intelectual para se tornar transgressão moral.
A Arquidiocese de São Paulo suspende a transmissão online das missas em sua paróquia. Decisão paroquial, eclesiástica. A Igreja governa seus ritos há dois milênios sem consultar legislaturas. Nada aqui deveria surpreender quem conhece a natureza da autoridade religiosa. A decisão em si não surpreende. Mas a recepção da decisão revela o problema.


