#BônusElitistas
Seis companhias do governo federal repassaram mais de R$ 100 mil a empregados
Enquanto a maior parte da população tenta sobreviver aos descalabros econômicos, a elite do funcionalismo público se locupleta com bônus polpudos e bonanças salariais.
Ao menos seis companhias do governo federal repassaram mais de R$ 100 mil a alguns de seus empregados. O Banco do Brasil foi a instituição que pagou neste ano o maior bônus a funcionários de estatais federais, com uma PLR (participação nos lucros e resultados) de até R$ 372,8 mil. O valor integral médio do bônus ficou em R$ 52 mil, segundo informações repassadas pela instituição ao MGI (Ministério de Gestão e Inovação).
O BNDES pagou um bônus médio de R$ 141,32 mil a seus empregados. O valor máximo foi de R$ 304,5 mil! Uma bonificação para fazer sorrir os funcionários contemplados com tal montante! Ainda mais quando notamos o detalhe de que o BNDES não atua como um banco normal, disputando o mercado com outros bancos, afinal, ele é um bando de desenvolvimento, atuando como uma empresa pública sem concorrência. Isso sim é uma mamata!
Em maio de 2025, a Pré-Sal Petróleo - PPSA pagou bônus pela primeira vez em sua história. Os valores ficaram entre R$ 22,39 mil e R$ 30,95 mil e se referem ao desempenho da empresa no ano passado. Na média, cada um dos 68 empregados recebeu R$ 27,6 mil extras, além do salário mensal.
As diversas empresas públicas servem também para alocar aliados (ou ex-aliados), que não se furtam de garantir seus bônus. A Emgea (Empresa Gestora de Ativos), é comandada por por Fernando Pimentel, ex-governador de Minas Gerais pelo PT e ex-ministro do governo Dilma Rousseff (PT). Como presidente, Pimentel recebeu uma PLR de R$ 57,9 mil
A ENBPar (Empresa Nacional de Participações em Energia Nuclear e Binacional) também figura entre as maiores bonificações a funcionários.
A empresa pagou em maio deste ano um extra de R$ 27 mil a R$ 87,9 mil a seus funcionários. O valor integral médio do bônus ficou em R$ 54,2 mil, alta de 4,4% em relação ao repasse feito em 2024.
Adhemar Palocci, o sobrenome não nos deixa mentir, é irmão de Antonio Palocci, sim, aquele mesmo que, na Lava Jato, dedurou os companheiros petistas. Mesmo com o irmão proscrito nos meios lulistas, Adhemar atua como assessor da presidência na ENBPar e recebeu um bônus de R$ 87,6 mil — mais que o dobro do valor recebido em 2024, R$ 39,7 mil.
Segundo as empresas, esses bônus são justos, afinal, elas obtiveram lucro e atingiram suas metas. Na época da Dilma, a ideia era dobrar a meta. Hoje, dobram-se os salários.
Mas este estagiário que se lamenta por não ter seguido o conselho da avó e prestado algum concurso público tem apenas uma pergunta: não seria justo salário ser cortado quando as estatais dão prejuízo?
Porque o déficit acumulado das estatais federais de janeiro a abril saltou 68% ante o mesmo período do ano passado e atingiu o recorde de 2,7 bilhões de reais, segundo dados do Banco Central.
Mas no Brasil, enquanto o lucro é sempre privado, o prejuízo é sempre público.
Já conheci gente negativa mas o estagiário ultrapassou o limite do razoável. Veja pelo lado bom estagiário. Quanto mais eles recebem bônus e benesses, menos sobra pra nós pagadores de impostos, menos riscos de ficarmos obesos e materialistas. Na verdade os governos querem formar uma sociedade de estóicos.
O que mais revolta é a ineficiência dessas instituições e a falta de visão de cliente. O BB é um péssimo banco. E com tudo isso, ainda são remunerados além do que merecem.