#BrasilEm3Notícias
Nosso país é uma sátira organizada pelo caos, dirigida pela ironia e estrelada pela esculhambação
Será que o Brasil é mesmo o país da piada pronta?
Para aliviar a crise financeira, a estatal decidiu vender um terrenos em Brasília, avaliado em 280 milhões de reais. Mas só uma entidade apareceu interessada na licitação. A ONG CPM Intercab, comandada pelo pai de santo Jorge de Oxossi, que pretendia transformar o local em um centro de capacitação para jovens negros e promover o ensino das religiões de matriz africana.
Sem concorrência, a ONG venceu o certame com uma proposta inferior à avaliação do imóvel. Pela regra, deveria pagar uma entrada de R$ 500 mil, valor que, segundo Pai Jorge, seria coberto por uma benfeitora: Maria Gorete Ferreira Alves. O problema é que o cheque da benfeitora não tinha fundos, além de ela ser conhecida por aplicar golpes semelhantes em negócios de terras no Distrito Federal, informa a nossa ilustre e qualificada imprensa.
Num fórum distante e esquecido de Cachoeiro, a terra de Roberto Carlos, uma calcinha surgiu envolta entre aspas para sugerir que há algum mistério. Como vestígio de luxúria infiltrado entre carimbos e protocolos, a peça íntima desencadeou o escândalo que o Brasil merece: juízes e promotores fingindo escândalo, servidores especulando quem é a dona do artefato voluptuoso, e o povo, claro, transformando a vergonha em samba – minto, em sertanejo universitário. É o drama nacional em sua essência rodrigueana — a calcinha como metáfora da alma pública: todos fingem pureza, mas o elástico da hipocrisia sempre acaba arrebentando.
Por fim, a nossa COP30, talvez sem calcinhas e paia de santo,
A COP30 abriu em Belém sob um dilúvio simbólico — o céu, em protesto climático próprio, resolveu alagar o evento antes que os discursos começassem a jorrar bravatas e imbecilidades. Os pavilhões, meio erguidos e meio afogados, receberam seus heróis do planeta entre poças, calor e filas por comida, enquanto o alto comissário da ONU tentava fingir que estava tudo sob controle.
Enfim, um retrato fiel do apocalipse sustentável brasileiro: com fila, calor, esculhambação e, provavelmente, algumas calcinhas perdidas.








Estive brevemente em Belém.
No hotel, correspondentes internacionais e alguns brasileiros felizes, tomando cerveja local no happy hour.
Tudo se resume a isso. Um rolê exótico, umas cervejas geladas e muita conversa fiada.
Realmente, não é para amadores.