#BrasilProfundo
O país mais violento do mundo está consumindo assassinatos em HD, com superprodução e selo de “baseado em fatos reais”
O país que sempre teve violência para dar e vender, agora consome, no conforto do sofá, histórias de bandidos e assassinos, com balde de pipoca e imagens em 4K. É uma espécie de upgrade da tragédia nacional: sai o Datena, entra o audiovisual bancado pela Petrobras.
O que antes era o jornal policial do início da noite, virou “produto cultural que discute o Brasil profundo”. É a mesma curiosidade mórbida, só que com superprodução e direção de arte assinada por alguém que, anteontem, dirigia comerciais de margarina.
Muita gente argumenta que há um interesse sociológico, uma tentativa coletiva de entender a mente criminosa. Pode ser. O brasileiro tem obsessão por crimes. Tanto que elege criminosos a cada 2 anos.


