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Na entrevista da ministra do Supremo, Carmem Lúcia, a retórica abunda para falar do feudalismo digital, mas ela não menciona o feudalismo judicial

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abr 22, 2025
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Depois de Alexandre de Moraes decidir que Filipe Martins pode ser preso por ação de terceiros – sim, terceiros – caso seja filmado, mesmo sem saber, por qualquer pessoa quando estiver assistindo ao julgamento de sua denúncia, faz sentido Cármem Lúcia falar em feudalismo. Não aquele dos castelos e servos. Mas um tecnofeudalismo moderno, onde o poder se exerce por meio de algoritmos, decisões judiciais criativas e um controle narrativo que parece cada vez mais desesperado.

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O conteúdo gerado por IA pode estar incorreto.

A ministra deu uma entrevista ao Jornal Estado de Minas. Cármem quer salvar a democracia do tecnofeudalismo.

O tecnofeudalismo busca esvaziar o poder estatal e tornar os novos suseranos tecnológicos os senhores de vida e de morte esvaziando a liberdade de pensar, de querer em comunidade e construir o bem de todas as pessoas. [...] não pode se deixar sucumbir aos interesses dos algoritmos e seus Gepettos, porque a vida de toda uma sociedade é responsabilidade estatal e a vida não cabe numa caixa de ferramentas, por mais brilhosa e plural seja ela. A vida é mais! Quando temos o e-governo, o e-judiciário, etc., estamos nos valendo da tecnologia para melhor prestar os serviços. Mas não se pode descurar que o serviço há de se voltar para as liberdades humanas, não para restrições desumanas.

Segundo Cármem Lúcia, tecnologia boa é aquela que o governo pode usar para controlar a vida das pessoas. Já as malignas plataformas digitais manipulam a percepção pública, aprisionam a liberdade e transformam cidadãos em vassalos digitais. A ministra critica as plataformas digitais pela manipulação, mas não olha para seu próprio quintal. Ou o próprio Judiciário não tem usado essas mesmas ferramentas para moldar narrativas e ampliar seu poder? Ou ela acha que somos vassalos abobalhados que não percebem nada de estranho no ninho do STF? Não, ministra, somos brilhosos e plurais. Somos mais!

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