O Globo assistiu à reunião de 5 de julho de 2022, durante a qual Jair Bolsonaro articulou o golpe com seus ministros. A imbecilidade daquela gente quase consegue ofuscar seu caráter criminoso.
O mentecapto disse:
“Nós sabemos que, se a gente reagir depois das eleições, vai ter um caos no Brasil, vai virar uma grande guerrilha, uma fogueira no Brasil. Agora, alguém tem dúvida que a esquerda, como está indo, vai ganhar as eleições? Não adianta eu ter 80% dos votos. Eles vão ganhar as eleições”.
Em seguida, ele pediu pressa aos ministros, dizendo que o golpe deveria ser dado antes da derrota eleitoral:
“Todos aqui têm uma inteligência bem acima da média. Todos aqui, como todo povo ali fora, têm algo a perder. Nós não podemos, pessoal, deixar chegar as eleições e acontecer o que está pintado, está pintado. Eu parei de falar em voto imp... e eleições há umas três semanas. Vocês estão vendo agora que... eu acho que chegaram à conclusão. A gente vai ter que fazer alguma coisa antes”.
Ele sabia que acabaria sendo preso depois do voto:
“Vocês sabem o que está acontecendo. Achando que esses caras estão de brincadeira? ‘Ah, vamos lá...’. Não estão de brincadeira. O que está em jogo é o bem maior que nós temos e contamos aqui na terra, que é a porra da liberdade. Mais claro, impossível. Nós vamos ter que reagir”.
De acordo com ele, o TSE estava “preparando tudo” para “fraudar” as urnas e eleger Lula no primeiro turno:
“Alguém acredita em Fachin, Barroso e Alexandre de Moraes? Se acreditar levanta braço? Acredita que são pessoas isentas?”
O trecho final pode ser lido como um testamento de Bolsonaro. Depois de definir sua vitória em 2018 como uma “cagada”, ou “cagada do bem”, ele perguntou:
“Como é que eu ganho uma eleição, um fodido como eu? Deputado do baixo clero, escrotizado dentro da Câmara, sacaneado, gozado, uma porra de um deputado”.
A pergunta tem de ser respondida por todos os brasileiros, que resolveram trocar a “cagada” do baixo clero bolsonarista pela “cagada” da quadrilha lulista, sem nem precisar fraudar as urnas.
Dava para notar que ele não fazia a menor ideia do que estava fazendo na cadeira de presidente...
Esse daí nem privada de ouro merece, pra ele deve ser uma latrina