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Ao renunciar a um dos últimos vestígios de nossa identidade compartilhada, sacrificamos um elo com a frágil mitologia que ainda sustenta o imaginário nacional

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Renato Corrêa
mai 01, 2025
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A suposta nova camisa vermelha da seleção brasileira para a Copa de 2026 revela, acima de tudo, que o Brasil fracassou naquilo que Yuval Harari chama de "verdade intersubjetiva". Para o historiador israelense, existem três camadas de realidade: a objetiva, a subjetiva e a intersubjetiva. A objetiva é a realidade externa, independente do indivíduo. A subjetiva é interna, vista e interpretada apenas por ele. Já a intersubjetiva situa-se entre essas duas: é uma realidade fabricada como a subjetiva, mas aceita coletivamente de tal forma que se torna tão independente e externa quanto a objetiva.

Essa terceira camada é o domínio das narrativas, das construções jurídicas e religiosas. É a realidade dos deuses, dos grandes heróis e do dinheiro. São essas redes de intersubjetividade que permitiram aos Homo sapiens organizar uma cooperação em massa por meio da agregação social. Ao longo dos séculos, criamos potentes redes de colaboração humana baseadas em narrativas que mesclam realidade e ficção. Se, no passado, trabalhávamos para os deuses ou para o faraó, hoje nos engajamos por ficções igualmente incorpóreas: corporações como Apple e Microsoft, ou países como os Estados Unidos.

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