#CaraATapa
É preciso ter o mínimo de coragem para expor opiniões. E muito mais para acertar, errar e, principalmente, corrigir-se
Já passamos da metade do ano de 2025 e seguimos aguentando as mesmas patifarias de sempre, dos mesmo canalhas de sempre.
Em um ambiente saturado de rivalidades políticas, não há nada mais valioso que manter a independência de opinião, mantendo-se longe das coleiras políticas que prendem e guiam a voz de muitos dos jornalistas, intelectuais e opinadores de redes sociais espalhados pelas redações, estúdios de podcast e internet afora.
Acreditem, ser o tal do “isentão” dá trabalho, mas convenhamos: diante de tantos pilantras e demagogos, messias e larápios, ter que justificar uma posição de independência política é um tanto quanto…deprimente. Afinal, já deveríamos estar vacinados (ou ao menos escaldados) de qualquer tara político-ideológica vendida como salvação.
Sim, é difícil saber o que fazer, ainda mais quando encontramos malandros que arrotam independência e liberdade opinativa, embora sejam os primeiros a se ajoelharem e se oferecerem a algum político em troca de uma (nem tão generosa) verba de marketing.
Há aqueles que, sem a menor vergonha na cara, escrevem sobre assuntos e temas dos mais diversos, tentando provar que enxergam muito além do horizonte das pessoas comuns. Esses se apresentam como se fossem o suprassumo da inteligência, mas tudo o que escrevem é uma uma sopa de letrinhas organizada por algum app de IA da moda.
Há também os que defendem a liberdade interior, sem compreender que esta precisa concretizar-se numa liberdade exterior para fazer e ter um sentido real, caso contrário termina por ser meramente uma egolatria.
Por fim, há a eterna balbúrdia e virulência das redes sociais que se alimentam de rancores e ressentimentos, sobrando pouco ou nenhum espaço para qualquer reflexão e educação.
Na verdade, é preciso ter o mínimo de coragem para expor opiniões. E muito mais para acertar, errar e, principalmente, corrigir-se.
Em um mundo de malandros e trombadinhas intelectuais, cá estamos para dar a cara a tapa. O que é sempre um bom exercício de humildade.
A virtude na tragedia é a coragem. E você Dionisius demonstra muito bem esta virtude. Continue sempre assim.
Só faltou comentar sobre a enxurrada cansativa de repetecos do mesmo assunto. Cada um achando que está falando algo diferente ou vendo de outro forma. Mas também virou modismo comentar sobre a mesma coisa em todos os lugares e o pior: o tempo todo.