#CartéisNaMira
O Pentágono recebeu autorização de Trump para usar força militar contra cartéis do México e da Venezuela
Desde o início de seu governo, Trump já havia emitido uma ordem executiva classificando cartéis de drogas latino-americanos como Organizações Terroristas Estrangeiras (FTOs).
No dia 8 de agosto, o New York Times revelou que Trump emitiu secretamente uma ordem ao Pentágono para autorizar o uso da força militar contra os cartéis. Isso abre a possibilidade para operações militares em solo estrangeiro contra os traficantes.
Segundo o Huffington Post, os militares já estariam estudando planos de perseguição desses grupos, incluindo ataques de precisão, operações com forças especiais e uso ampliado de inteligência.
No dia 7 de agosto, Trump resolvou aumentar a recompensa pela detenção de Nicolas Maduro de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões, acusando-o de ser um dos maiores narcotraficantes do mundo. Maduro considerou a recompensa, ou melhor, a acusação patética.
Segundo o El Pais, a presidente Claudia Sheinbaum declarou que não há risco de intervenção no território mexicano.
Na nova lista americana de Organizações Terroristas Estrangeiras (FTOs) divulgada pelo governo Trump, estão principalmente cartéis mexicanos, como Sinaloa, Jalisco Nova Geração, do Golfo e grupos da Venezuela, como o Tren de Aragua e o chamado Cartel de los Soles, este último ligado a membros do governo de Nicolás Maduro.
Como muitas outras medidas sem precedentes de Trump, essa ordem executiva ainda procura sua sustentação jurídica. Segundo o New York Times, não está claro se essa nova diretriz tem o suporte dos advogados da Casa Branca, do Pentágono ou do Departamento de Estado.
Essas organizações criminosas poderão passar a ser alvos de medidas militares dos EUA. Já facções brasileiras como o PCC e o Comando Vermelho não aparecem na designação.
Embora Washington já tenha pressionado Brasília para rotulá-las como terroristas, o governo brasileiro recusou, alegando que sua legislação não enquadra o crime organizado comum na definição de terrorismo.
Se for pensar direitinho, parece que o governo brasileiro enquadra o crime organizado na definição de partido político, sindicato ou, no máximo, de injustiça social.
O tráfico como é hoje no Brasil é tudo, menos um crime comum.
É. E a definição brasileira não é a correta pra variar...