Todo estelionatário tem os seus métodos. Auto-humilhação pode ser um deles.
O cara ganhou dinheiro às custas de pessoas com baixa auto-estima mostrando para elas como vencer e alcançar o trono no topo. De repente vemos esse grande mestre da vitória ajoelhado cheirando o rabo de um jegue.
Pode parecer humilhante.
E é.
Mas isso é apenas uma etapa do golpe.
Para alguém com escrúpulos a humilhação dói. Na cartilha do golpista, adulação seguida de auto-humilhação é apenas uma tática de manipulação para tentar se apoderar de algo que pertence a outra pessoa.
Seja para convencer velhinhos a lhe dar a senha do banco ou para se apropriar de curral eleitoral, qualquer golpista parece sempre seguir os mesmos passos.
Primeiro o cara chega bancando o amigão, adulando, como se o interlocutor devesse devolver a “gentileza” da adulação e dessa maneira dar o que ele deseja, no caso aqui, o endosso que tanto precisa no momento:
A tática sútil não deu certo? Tudo bem, vamos pra próxima. O negócio agora é lembrar o seu alvo que um dia lhe deu algo, mesmo que seja algo que ninguém tenha pedido ou solicitado. É como o golpe da pulseirinha no turista. Você está passando, ele a coloca no seu pulso, e em seguida te cobra mil reais.
Não se engane. O tom passivo-agressivo aí não é para tentar comover o seu interlocutor. É para tentar comover o público que o lê.
Não dando certo essa tática o golpista vai para a próxima. É hora de deixar de ser o amigão adulador e a vítima coitadinha para virar o algoz. Cheio da razão na narrativa que construiu ele aparece cobrando o inescrupuloso devedor!
Pablo Marçal segue a cartilha do golpista. Se adular não dá certo ele se humilha e depois ataca. O importante pra ele é roubar o que precisa.
Sim, roubar.
Sabe o que ele precisa roubar? Os idiotas que ainda acreditam no Bolsonaro.
Ele sabe que se alguns idiotas são capazes de ainda acreditar no Bolsonaro e na sua família também serão capazes de acreditar nele. E sem esses idiotas ele volta a ser apenas a piada que era alguns meses atrás, ou seja, aquele mitomaníaco narcisista que fala qualquer besteira para se mostrar superior ao Ayrton Senna.
Sobre o Bolsonaro e a sua família, fica mais esse registro: a grande prioridade desses vermes sempre foi a de brigar com quem eles acham que teria representatividade na direita, pois sabem que são tão ruins, animalescos e limitados, que qualquer conservador que saiba formular uma frase que faça sentido se torna automaticamente uma ameaça no curral que eles pensam ser donos.
Se essa família asquerosa combatesse a esquerda como combate a própria direita o Lula ainda estaria preso e o Pablo Marçal não teria vácuo populista para tentar ocupar.
Se um cara sem empatia não se preocupa em se auto-humilhar, vamos rir assistindo o degradante espetáculo.
Já ouviu falar em circo de pulgas? Aqui no Brasil nós temos o circo dos vermes.
Danilo certeiro 🎯
Perfeito. Para compartilhar até cansar. Devia ser estampado em uma página inteira de jornal.