Em Batman - O Cavaleiro das Trevas de Chris Nolan, o Coringa ameaça a ordem estabelecida. Caso não se lembrem qual foi o plano de Batman para deter o terrorista, eu refresco a memória de vocês: acessar e espionar o celular de todo mundo.
A sorte de Gotham é que Batman era assessorado por um homem comum, Lucius Fox, interpretado por Morgan Freeman. Isso deu ao Batman alguma consciência que, embora poderoso, não estava acima do bem e do mal. A influência de Fox garantiu a implosão de todo aquele sistema de espionagem, e a sagrada privacidade do cidadão de Gotham não foi sacrificada na guerra entre o Batman e o Coringa. O pacto de Batman com um cidadão ordinário o fez lembrar que pior do que ser contra a lei é ser imoral.
Agora, imagine se um sistema desses fosse controlado por alguém extremamente poderoso, da elite, que perdeu o contato com o homem comum. Alguém tipo o Lex Luthor.
O imoral se tornaria a própria lei?
Pior do que viver numa Gotham City sem o Batman é viver num lugar onde o homem comum é apenas um desimportante detalhe a ser ignorado e superado.
Num lugar assim, enlouquecemos e passamos a torcer para o Coringa.
Esse Dom Sebastião que nunca regressa..
Eu só conhecia o Danilo comediante , mas a boa surpresa pra mim é que ele faz bons textos críticos , como este.