#CharlesKirkContaAPolarização
Um dia antes de ser assassinado, o ativista conservador estendeu uma bandeira branca a seu rival progressista Van Jones: “Vamos discordar de forma amigável”
“Creio que o que nos torna humanos é a nossa interconexão entre as pessoas. É a nossa capacidade de formar e manter relacionamentos. É o barômetro pelo qual nos reconhecemos como humanos”.
—Thomas Jane (ator)
Na contramão do costumeiro esforço da Imprensa promovendo a polarização, surgiu um singelo ato de humanidade.
Uma revelação de última hora feita pelo comentarista político da CNN, Van Jones (que também serviu como assessor especial do Presidente Barack Obama), vem lançando alguma luz sobre a figura de Charlie Kirk e, ao mesmo tempo, jogando um pouco de água fria na fervura da polarização política americana. Na última sexta-feira, dia 19, Anderson Cooper chamou seu colega de emissora para entrevistá-lo sobre o que havia acontecido entre ele e Charlie Kirk.
No dia 9, véspera do evento que culminaria no assassinato de Kirk, ele e Jones travaram um embate público online bastante acalorado. A razão desse conflito foi revelada pelo próprio Cooper:
A história começa quando uma mulher ucraniana foi fatalmente esfaqueada no mês passado na Carolina do Norte. O suspeito é um homem negro, e Charlie Kirk e Van entraram em uma disputa pública online. Kirk afirmou que o assassinato aconteceu porque ela era branca. Van denunciou isso como totalmente infundado.
Ao final do dia, Kirk envia uma mensagem direta para Jones pelo X. Anderson lê a mensagem:
“Ei, Van, falo sério. Adoraria ter você no meu programa para uma conversa respeitosa sobre crime e raça. Eu seria um cavalheiro, como sei que você também seria. Podemos discordar sobre os assuntos de forma amigável.”
Van Jones só se deu conta da mensagem no dia seguinte, à noite, depois que Kirk tinha sido tragicamente assassinado.
A entrevista continua:
Anderson Cooper: Isso é extraordinário. Então a mensagem foi recebida no dia anterior à morte dele?
Van Jones: Sim. Estávamos discutindo, tanto online quanto no ar. E então, depois que ele morreu, foi assassinado, minha equipe me mostrou: ele estava tentando chegar até você, cara. E o que ele queria? Diálogo. “Vamos ser cavalheiros juntos”, ele disse. “Vamos discordar de forma amigável”. Então estou sentado com isso, enquanto vejo o país inteiro falando sobre guerra civil, censura, justificando assassinatos… E esse cara estava estendendo a mão para o inimigo mortal, dizendo: precisamos ser cavalheiros, sentar juntos e discordar de forma amigável. E no dia seguinte, ele foi morto.
Eu esperei tempo demais e então disse: sabe de uma coisa? Vamos ao Memorial Weekend por esse homem. Discordávamos. Todos sabem que não éramos amigos. De forma alguma. Mas é preciso reconhecer o bem quando chega o momento de homenagear alguém e o que ele fez. E eu nem sabia que era algo bom. Ele não era a favor da censura. Ele não era a favor de guerra civil. Ele não era a favor da violência. Ele defendia o diálogo, o debate aberto. Até comigo. Até comigo.
Em seguida ele responde a Cooper que, de pronto, não faria um debate com Kirk porque, mesmo antes do ocorrido, os ânimos e o clima político já estavam inflamados. Ele afirma que teria que ser algo melhor elaborado.
Mas ele termina com uma chamada para arrefecer a polarização.
Van Jones: E agora, a ideia de que pessoas dos dois lados estão justificando assassinatos e pedindo mais guerras civis… precisamos acalmar isso, Anderson. Precisamos esfriar os ânimos. Sim, podemos discordar. Mas, como ele disse: podemos discordar de forma amigável. Essas foram suas últimas palavras para mim: “Vamos discordar de forma amigável”. Devemos levar esse espírito ao Memorial Weekend*...
... Charlie Kirk, em sua última mensagem, apontava uma saída: discurso civil, diálogo civil, debate. Vamos decidir: discordar de forma amigável.
Se quisermos sair desse trem, podemos começar neste fim de semana.
* O serviço fúnebre de Charlie Kirk acontece neste domingo às 15 horas (horário de Brasília) e deve atrair perto de 100 mil pessoas ao State Farm Stadium em Glendale no Arizona.
Vê se aprende ô Eduardo Bueno!
No título não deveria ser ContRa?