Segundo Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes enche o Brasil de orgulho, por defender a democracia com coragem.
Moraes luta contra figuras deploráveis como Monark, Rodrigo Constantino e Allan dos Santos. Na quarta-feira (14/08), por exemplo, mesmo com a divulgação dos áudios, ele mandou prender dois blogueiros e proibiu a filha de 16 anos de um deles de usar as redes sociais, sob pena de prender também a esposa do blogueiro. É um herói da pátria.
Em entrevista para o El Pais, em outubro de 2019, Gilmar Mendes usou os áudios obtidos de forma ilegal, por um hacker, como referência para denominar juízes e promotores – que não usaram áudios ilegais – de “gente chinfrim, muito ruim, mequetrefe do ponto de vista moral e do ponto de vista intelectual”.
Afirmou, na mesma entrevista, que “O juiz é um órgão de controle, ele não é agente de investigação. E esta confusão se estabeleceu também por causa disso [da Lava-Jato].”
Nesta quarta-feira (14/08), Gilmar afirmou que é irresponsável que se compare a atuação de Alexandre de Moraes com a Lava-Jato. Devemos concordar, essa aberração que é o inquérito do STF não tem a menor correlação fática com a operação.
Entre as comunicações dos assessores, encontram-se muitas outras declarações impecavelmente ortodoxas e protocolares, como:
Ou esta:
E há estas:
“Quem mandou isso aí, exatamente agora, foi o ministro e mandou dizendo: vocês querem que eu faça o laudo? Ele tá assim, ele cismou com isso aí. Como ele está esses dias sem sessão, ele está com tempo para ficar procurando.”
[…]
“Eduardo, bloqueio e multa pelo STF [Constantino]. Capriche no relatório, por favor. Rsrsrs. Aí, com ofício, via e-mail. Obrigado”.
[…]
“Formalmente, se alguém for questionar, vai ficar uma coisa muito descarada, digamos assim. Como um juiz instrutor do Supremo manda [um pedido] pra alguém lotado no TSE e esse alguém, sem mais nem menos, obedece e manda um relatório, entendeu? Ficaria chato.”
[…]
“Nem que crie um e-mail para enviar para nós uma denúncia.”
O que se depreende da reportagem da Folha é que Alexandre de Moraes era o próprio “sistema de alerta e monitorações” do TSE, ele mesmo conduzia a elaboração das petições da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação e depois julgava e sentenciava.
Mas para Gilmar Mendes: “Aqui [no STF], não há combinação espúria entre promotor e juiz, nem ordem para procuradores e delegados para se comportarem desta ou daquela maneira”.
De fato, há somente Alexandre no inquérito como autoridade, a combinação dele com ele mesmo não é espúria, é lisura pura.
Na sessão em que os ministros do STF atuam como uma espécie de bancada advocatícia de Moraes, Gilmar Mendes explicou: