#conteúdográtis

Qual é o número de seu cartão de crédito?

O conteúdo deste post é grátis porque não vale nada. Ao contrário: é uma tentativa de bater a carteira dos leitores. Em particular, daqueles dez mil que já se cadastraram e ainda não tiveram a hombridade de digitar o número do próprio cartão de crédito (ou de algum parente desavisado). O que vem depois do quatro? Não dá para ver direito: aquilo ali é um zero?

Não é imprensa está condenado a morrer sem seus dez reais. Danilo Gentili não precisa de dinheiro. Recentemente, ele deu uma entrevista ao Estadão dizendo como investe seus vários milhões. Eu também não preciso de seus dez reais, porque estou com o pé na cova. A velhice é barata - porque é curta. Mas nossos outros dois sócios, assim como todos os futuros colaboradores, nunca mais vão arrumar um emprego na imprensa. Em apenas dezenove dias, este site já importunou uns sessenta ou setenta jornalistas, inclusive um ou dois amigos meus (que se tornaram, claro, ex-amigos). Isso tem um custo. Que precisa ser ressarcido.

De seus dez reais, um vai para a plataforma americana e outros trinta centavos vão para o operador dos cartões de crédito, que é o mesmo do Twitter. Os 8,70 reais restantes, descontando-se os custos de gestão e os impostos, serão usados para produzir conteúdo, especialmente séries em vídeo. A ruindade da imprensa, assim como das redes sociais, continuará sendo nosso alvo prioritário. Mas o plano é mostrar também umas coisinhas boas - livros, filmes, quadros - a fim de desintoxicar o ambiente e tornar nosso trabalho menos enfadonho.

Se depois disso tudo o leitor avarento ainda não digitou o número que vem depois do quatro, eu desisto: ele é um caso perdido.

O batedor de carteiras