#Corruptocracia

No Brasil, só os políticos são felizes

Um projeto de lei foi aprovado na CCJ da Câmara dos Deputados para afrouxar ainda mais a Lei da Ficha Limpa.

Corruptos não costumam ser presos no Brasil. E os que, por azar, passam uma temporada em cana, sempre têm preferência nas eleições. Os casos são abundantes e nem precisamos recorrer a Lula.

O projeto de lei complementar 192/23, apresentado por Dani Cunha, a filha do Eduardo, pretende alterar o prazo em que os corruptos ficam inelegíveis a cargos públicos.

O texto apresentado por Dani Cunha, filha de Eduardo, foi feito sob medida para Eduardo, pai de Dani. Ele pretende voltar à política, mas precisa resolver antes uns probleminhas de inelegibilidade decorrentes das suas condenações por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na finada, mas não menos memorável, Lava Jato.

Com a mudança da regra, passando a contar a inelegibilidade a partir da perda do cargo e não da sentença, Eduardo, pai de Dani, já poderá concorrer na próxima eleição.

Outra novidade trazida por Dani, filha de Eduardo, é que o condenado por improbidade administrativa só ficará inelegível se for comprovado o dolo, ou seja, independente da trambicagem, será preciso comprovar se o trambiqueiro teve realmente uma inigualável vontade, madura e consciente, dirigida a obter o resultado criminoso ou a intenção irrefreável de assumir o risco de o produzir.

Em outras palavras, quando a lei atrapalha a vontade consciente de enganar a população, por conta de uma intenção irrefreável de roubar dinheiro público, os deputados aparecem propondo um projeto de lei complementar para que fique cada vez mais difícil impedi-los de abrir o cofre para roubar o nosso dinheiro.