#CrimePerfeito
O noticiário passa a impressão de que só existe um crime e um criminoso no país
O Brasil afunda a passos largos. Ou profundos, se preferir.
No entanto, a única preocupação é o Bolsonaro. Nada mais importa.
Temos 11 juízes no STF, um time de futebol completo, um deles joga em todas as posições, mata tudo no peito e ainda chuta em gol, usando uma referência ao futebol tão querida pelo nosso presidente. Os outros 10 jogadores são desnecessários.
Ninguém foi preso pelo roubo dos seis bilhões e duzentos milhões de reais dos aposentados, apesar das quadrilhas dos sindicatos que garfaram os velhinhos serem identificados.
Os 50% de taxação dos USA vão causar desempregos e fechar empresas, mas nenhuma negociação é levada para Trump.
50 mil brasileiros são assassinados por ano no Brasil, a grande maioria jovens e mulheres, e esse “genocídio”, para usar uma palavra tão querida ao presidente, não o incomoda.
Países ameaçam boicotar a COP 30 por excesso de malandragem.
O crime organizado continua a dominar o país. Podemos tomar um tiro por causa de um celular.
O dólar está no patamar mais alto, essa moeda que, segundo Lula, não presta para nada. Melhor usar o Yuan ou o Rublo.
Inflação, violência, drogas, o país cheio de dificuldades, mas todos os esforços são canalizados para um único criminoso: Jair Messias Bolsonaro.
É isso aí, moçada. Seus problemas acabaram.
Engano seu Marcio, além de jogar nas 11 posições ele é o árbitro do jogo que usa um caderno de regras secretas que variam conforme o lance.
O individualismo pode ser a causa de nossa miséria moral. Estamos na mão da contingência literalmente.