Estou um tempo sem escrever aqui.
Tudo que eu busquei de notícia para comentar nos últimos dias me cansou profundamente.
O que aconteceu nessa última semana?
Repetição.
Escola de samba e desfile de carnaval: Tudo igual do ano passado. Uma é igual a outra. Um monte de barulho semelhante. A poluição visual de uma é igual a da outra. Voce não saberia diferenciar uma da outra se não tivesse uma legenda embaixo te explicando. Igual no ano passado.
Reptição.
Procuro notícias: acidente de carro nas estradas do feriado e violência nos bloquinhos. Igual no carnaval do ano passado.
Repetição.
Procuro mais notícias: assaltos, impunidade, preços altos. Igual sempre.
Repetição.
Procuro por notícias políticas e vejo que o Lula falou merda de novo, a Janja torrou o nosso dinheiro em viagens e a imprensa abafou. Igual na semana passada.
Repetição.
O Bolsonaro de novo mentindo, meia dúzia de fracassado passando narrativa bolsonarista e mais um punhado de analfabeto funcional acreditando. Igual nos últimos anos.
Repetição.
STF continua preocupando com o seu autoritarismo. Igual ontem.
Repetição.
Tudo que é notícia hoje eu já comentei muitas vezes. E isso cansa.
O Brasil é um círculo do inferno de Dante, onde as coisas se repetem sem parar. Porém eu já usei essa alegoria em um dos meus textos passados aqui.
Agora eu estou me repetindo.
Viver no Brasil é estar condenado a acordar infinitamente no Dia da Marmota, mas se você evoluir e se tornar uma pessoa melhor você não acorda num novo dia, você é tragado pelo seu entorno.
O Brasil é uma cobra mordendo o próprio rabo mas sem a capacidade de ser dominante como é uma cobra.
O Brasil é a minhoca de Oroboros.
Com o risco de ter, logo abaixo do meu comentário, alguém me acusando de carregar a síndrome de Poliana, ouso desafiar. Criemos uma exceção.
A repetida e cansativa mesmice, que numa espiral descendente tenta nos levar para o inferno, pode sim, ter um componente novo e inusitado. A natural e normal reação seria o desânimo.
Mas o NEIM é o novo, a participação dos leitores-assinantes, o olhar agudo e profético, a fuga do rebanho, a tal da bolha que nos identificamos. Enfim como reagimos ao desastre que tem sido o Bananão - mesmo que somente no pensar - já é uma escolha pessoal diferente!
Carregar a Esperança não é repetição!
Esqueceu do BBB.
Brasil é o país do copia-cola.