#DiaDeFúria
Danilo Gentili foi pego no flagra chutando um cone e arremessando uma placa
A noite do Oscar foi ofuscada por um vídeo íntimo do Danilo Gentili.
Foi flagrado de bermudão e chinelo ao atravessar a rua para arremessar um cone e uma placa da obra do Complexo (e bota complexo nisso) Cidade Matarazzo.
A Cidade Matarazzo é um empreendimento obviamente complexo. Um empresário francês com um projeto bilionário, num espaço de “5 mil metros quadrados com muita gastronomia, dança, moda, design e artes plásticas”.
Porém, a realidade é um pouco diferente.
E a coisa é ainda mais complexa. Não são apenas os fornecedores que estão na bronca com o empreendimento do empresário francês dos “3 milhões de calote com muita gastronomia, dança, moda, design e artes plásticas”.
Como o dinheiro acabou, as obras do entorno foram abandonadas e vêm causando transtornos aos vizinhos.
Segundo a matéria do Globo:
A falta de liquidez de Allard ajuda a explicar a interrupção das obras na Alameda Rio Claro — uma das ruas que margeiam o Cidade Matarazzo — interrompida desde o final do ano passado. Moradores se queixam dos transtornos da obra abandonada e de serviços mal acabados, como a drenagem mal feita que tem provocado alagamentos. A 'São Paulo Capital da Diversidade', empresa criada por Allard para fazer a zeladoria da rua e monetizar os investimentos com quiosques e eventos, em acordo com a Prefeitura de São Paulo, acumula 18 títulos protestados que somam R$ 151 mil.
Sem drenagem, a rua vira uma trilha off-road.
E as obras intermináveis incomodam os vizinhos.
Além do barulho das obras intermináveis, as ruas do entorno são constantemente bloqueadas para que caminhões descarreguem suas cargas, além de ocupar as calçadas para a instalação de geradores usados nos eventos realizados dentro do empreendimento.
Mas espere que ainda não acabou! As festas nos dias de semana adentram a madrugada, como pode ser observado no vídeo abaixo.
Sem apoio da prefeitura e sem nenhuma informação de quando as coisas vão mudar, os moradores chegaram a colocar uma placa reclamando da situação.
Finalmente os administradores do Cidade Matarazzo deram atenção às reivindicações dos moradores, mas com uma notificação extrajudicial, dizendo o seguinte:
“A notificante requer a retirada da placa e reserva expressamente seu direito de adotar as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis para a apuração dos danos reputacionais que a instalação da placa lhe causou ou venha a lhe causar".
Eles não estão preocupados com os fornecedores que nunca receberam nem com os vizinhos que nunca têm sossego, mas com os “danos reputacionais” causados por uma placa.
Entendo perfeitamente a irritação do Danilo.
Moro em Belém e, com ajuda de vizinhos, conseguimos fechar três bares que causavam poluição sonora em nossa rua. Mas não foi sem luta, sem apelo ao Ministério Público Estadual do Meio Ambiente, ações judiciais, etc.
Boa parte dos brasileiros considera normal produzir poluição sonora quando se trata, na verdade, de crime ambiental que afeta gravemente a saúde. Minha dica para o Danilo é que faça um abaixo-assinado com auxílio dos moradores para recorrer ao Ministério Público do Meio Ambiente indo contra o poder público e os maus vizinhos. Dá trabalho, é doloroso, desgastante, mas não tem outro meio.
Danilo enfrenta 2 problemaços:
(1) quem frequenta essa pocilga chic, além de garotas/os de programa, deve ser aquela classe insuportável de milionários de pau pequeno, ejaculação precoce que incomoda muito e não se incomoda com nada.
(2) o assunto não se resolverá jamais, afinal moramos num país sem leis, onde um filhodaputa bloqueia o Twitter de 25 milhões e fica tudo por isso mesmo. A saída do Danilo é mudar de endereço