Vou estragar sua segunda-feira reproduzindo trechos da reportagem do Estadão sobre o chefe da CGU, Vinícius de Carvalho.
Ele se prepara para abater multas da Odebrecht ao mesmo tempo que seu escritório de advocacia tem um valioso contrato com a empreiteira.
O ministro disse que, quando foi nomeado por Lula, afastou-se do escritório a fim de “evitar conflitos de interesse”. Comicamente, ele fez isso transferindo o negócio para sua mulher.
Em seguida, ele perguntou à Comissão de Ética Pública “se poderia seguir recebendo os dividendos do escritório”. É o método Dias Toffoli, que julga clientes de sua mulher e recebe dela uma mesada.
“O ministro da CGU tem dado declarações públicas que favorecem as empresas. Em entrevista ao jornal O Globo, ele afirmou que os acordos de leniência não devem ser usados para ‘deixar as empresas numa situação pior, gerar pedidos de recuperação judicial ou falência’. ‘Há empresas estrangeiras que se envolveram em corrupção, fizeram acordos em seus respectivos países e hoje estão fazendo obras no Brasil. E as empresas brasileiras com as dificuldades que vemos. A sociedade tem que fazer esse debate’, disse o ministro.”
A sociedade deveria estar debatendo o que fazer com esse tipo de sem-vergonhice. Como ela não debate, podemos debater aqui. Mas talvez nem valha a pena.
Isso não vou debater. Porque já o fiz exaustivamente durante a última década. Já cansei de passar raiva com isso. Melhor passar raiva com outros assuntos.
O CGU era muito eficiente qd foi criado... Mas, como de costume, a sociedade reverte o que poderia ser caráter, coragem e compentência em subserviência aos fracos, covardes e incompetentes.