Depois de se submeter a um encontro humilhante com Gilmar Mendes, o homem do trono dourado, Sergio Moro resolveu emporcalhar-se ainda mais dando uma entrevista a Mônica Bergamo, assessora de imprensa do ministro do STF e porta-voz do chefe da quadrilha.
Reproduzo algumas das perguntas feitas por ela, que explicam de maneira inapelável o colapso da imprensa:
“O Brasil passou por períodos turbulentos na Lava Jato. Atividades de empresas ficaram comprometidas, houve consequências econômicas e políticas. Foi o lado negativo da operação. O que poderia ser positivo - o fim da corrupção - não aconteceu. Ao fim e ao cabo, a Lava Jato foi boa para o Brasil?”
“A Lava Jato não foi uma oportunidade perdida de combate à corrupção a partir do momento em que tomou contornos políticos, transformando Lula em seu principal foco?”
“O que passou por sua cabeça quando viu Lula subindo a rampa do Palácio do Planalto novamente como presidente?”
“Nenhum juiz é infalível, e o senhor pode ter falhado. O senhor conseguiu se colocar um pouco na pele daquelas pessoas que condenou?”
“Há muitos críticos que acreditam que a polarização e o ódio no país se acentuaram durante a Lava Jato”.
Ainda bem que Gilmar Mendes aboliu a República de Curitiba e instaurou a República de Cuiabá, não é, Mônica?
Nojo. Lava Jato foi o mais perto que chegamos de sair do bananal e virar gente. Acho que Moro escapou de ser preso pela corja porque deve saber algo ainda mais perigoso sobre um - ou cada um - deles.
Não vi tal entrevista, nem a verei. É de fato incompreensível o q vai na cabeça de Moro, qdo aceita ser entrevistado por Andrea Sadi ou Monica Bergamo, sendo sabido q tudo farão p desmoraliza-lo. Talvez ele queira provar q aceita o desafio de ter q desmontar ao vivo as mentiras q pregam contra a Lava Jato, ou talvez queira provar q , apesar de todas as ofensas sofridas, aceita o diálogo e não é homem de guardar mágoa contra os detratores. Seja como for, é uma exposição inútil e desgastante, pq essas "jornalistas" e seus coleguinhas da "imprensa" continuarão a fazer o serviço sujo q sempre fizeram, desancando a Lava Jato e quem nela trabalhou, e Moro ficará somente c a pecha de ingênuo e inábil, e, pior, sob a suspeita de q talvez esteja desejando algum benefício, sobretudo após ter se tornado réu por aquela armação sobre a piada da festa junina, envolvendo seu maior verdugo, o impoluto Gilmar Mendes. Moro deveria saber q a perseguição não vai acabar nunca.
O maior erro de Moro não são as entrevistas humilhantes, seu maior erro foi voltar ao Brasil acreditando q, ao se tornar político, a Lava Jato de alguma forma sobreviveria. Moro pode entender muito de combate ao crime, mas não entende nada de Brasil.
Desculpe o textão, como tudo q escrevo, é só amargura e desabafo.