#DiaDoAssinante(42)
O grande vencedor deste domingo (e dos últimos 25 anos) foi Gilmar Mendes
Uma derrota vexatória de Guilherme Boulos em São Paulo era meu segundo resultado preferido. O primeiro era seu cancelamento no primeiro turno.
Esta foi minha penúltima disputa eleitoral como jornalista. A última vai ser na semana que vem, nos Estados Unidos. Apesar da derrota vexatória de Guilherme Boulos, devo dizer que o saldo do meu trabalho, em 25 anos, foi um fracasso. Lula e Bolsonaro, os dois nomes que arrasaram o bananal durante minha carreira, estão mais apodrecidos do que eu. Ao mesmo tempo, o Centrão nunca festejou tanto quanto agora. O departamento de propinas da Odebrecht, anistiado e legalizado por Gilmar Mendes e seu esbirro Dias Toffoli, conquistou praticamente todas as prefeituras. O Brasil tornou-se um só PFL. Lula e Bolsonaro estão a caminho do cemitério, mas Valdemar Costa Neto, Gilberto Kassab, Arthur Lira e Ciro Nogueira, em conluio com o STF, demonstraram ser imortais.
O voto deste domingo, de fato, confirmou aquilo que eu já sabia: o grande vencedor do último quarto de século foi Gilmar Mendes, a figura que melhor encarna o Centrão, tanto no caráter quanto na conta bancária. Eu perdi. De maneira vexatória.
Caro Diogo, perdemos todos! O Brasil virou um puteiro, um lugar amaldiçoado pelo pior dos capetas, que são a classe política e o judiciário atual, que estragaram pra sempre um lugar que até seria habitável. Enquanto debatemos inutilmente por aqui, há um pessoal agachado, atirado no chão da Avenida Brasil, se esquivando de balas que, infelizmente, já mataram 3 inocentes. Não é à toa que chama Hell de Janeiro.
Não perdeu, não! A pessoa que pode deitar pra dormir tranquilamente e que pode sair levar o cachorro pra caminhar em paz e de cabeça erguida não perdeu.