Gilmar chorou. Não foi a primeira vez. Sempre que fala sobre seus herois preferidos, Gilmar chora. Já havia embargado a voz ao elogiar Zanin, advogado de Lula, pelo brilhante trabalho de defesa.
A apologia à advocacia feita por um ministro da Corte Suprema de posse do mais absoluto autocontrole. Gilmar bebe golinhos de água quando se emociona. É o que poderíamos chamar de embargo hídrico supremo. O copo de água está sempre à mão de Gilmar quando a emoção ameaça transbordar, então, ele sanciona o choro com um golinho.