Este site é uma bolha. Sou um adepto de bolhas. Moro num lugar que é uma bolha. A bolha mais perfeita do universo, isolada e impermeável às vicissitudes externas. Moro numa bolha e, dentro dessa bolha, consegui inflar outra bolha, menorzinha. Ninguém vai me tirar daqui.
Ministros do STF costumam dizer que as redes sociais criam bolhas. É mentira. Eles só dizem isso porque querem censurá-las. Usei as redes sociais por alguns meses, enquanto fazia este site. Minhas páginas eram povoadas por um monte de gente que me provocava engulho. O contrário de uma bolha. Eu tinha de compartilhar o mesmo território e respirar o mesmo ar que aquelas trolhas. Se as redes sociais podem ser acusadas de alguma coisa, é justamente desse seu caráter indiscriminado e promíscuo.
O segredo do nosso site é a assinatura. Ninguém está disposto a pagar dez reais para importunar os outros. Só se importuna grátis. Ao mesmo tempo que garante a bolha, a assinatura pode também esvaziá-la, porque limita seu crescimento. Por enquanto, nossa bolha é diminuta demais para sobreviver. Mas ela aumenta todos os dias, como num sapato apertado, trazendo para seu interior um pessoal com o qual é um prazer conviver: assinantes, colaboradores e sócios.
Quem faz parte da nossa bolha pode deixar uma mensagem na caixa de comentários. Em seguida, o bolha promete responder.
Já era admirador do teu pai - cinco anos e meio mais velho do que eu - desde quando ele atuava na defesa do consumidor. Era para mim um tipo de Ralph Nader brasileiro. Vim te conhecer pelos teus artigos na Veja e por tua atuação no Manhattan Connection. Virei teu fã. Minha admiração aumentou por teres criado, junto com Mário Sabino, O Antagonista e a Crusoé, publicações que assinei logo no surgimento delas. E agora, eis-me aqui te acompanhando com muito orgulho e prazer, nesta bolha de resistência. E antes que me esqueça, quero que o Kakay continue tomando cu.
É muito bom estar na bolha, embora eu não veja assim o NEI. O debate é honesto, s/ a poluição costumeira do X, onde almas penadas aparecem do nada p/ falar bobagens e despejar xingamentos; ali é uma terra de ninguém, onde ninguém se conhece e basicamente parece q todos se odeiam. Aqui o ar é bem mais limpo, convive-se c/ civilidade. Este primeiro mês tem sido reconfortante, os artigos são muito bons, alguns ótimos, a leitura é um prazer e nos impele a querer dizer algo.
Espero de coração q esse projeto tenha vida longa, q venham muitos assinantes!