Os jornalistas não sabem mais se eles cobrem o show da Madonna no Rio de Janeiro ou a tragédia no Rio Grande do Sul.
Alternam relatos sobre as idiossincrasias da estrela decadente e testemunhos de pessoas completamente desesperadas porque perderam tudo o que tinham.
No meio disso, há a epidemia da dengue (que já virou a covid do PT) e o aumento astronômico nos preços dos supermercados.
Mas a imprensa, que já está perdida, ficou ainda mais desorientada: entre a puta e o abismo, não reconhecem mais qualquer tipo de hierarquia.
É uma atitude semelhante à de Lula, que, ao chegar no Rio Grande do Sul, disse que torcia tanto para o Inter como para o Grêmio, na tentativa de mitigar a ausência do Estado brasileiro na vida do cidadão gaúcho.
Enquanto isso, Eduardo Leite emprega as mesmas táticas de João Doria e se aproveita de uma catástrofe para cacifar seu nome em alguma futura corrida presidencial. É algo tão canalha que faz o antipetista que é o estagiário do NEIM dar alguma razão ao PT.
No fim, estamos todos abandonados - e o pior: sem uma Madonna para nos salvar.
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Tudo é reflexo do padrão comportamental atual. Quantas pessoas foram protestar no aeroporto pela morte (triste e injustificável) do cão Joca, e quantos estão dispostos a protestar pelo descanso e descontrole com a dengue e ausência do estado em catástrofes como a do RS?
Vai me desculpar, mas não gostei nem um pouco do seu comentário. Não sou, nem nunca fui, fã da Madonna, mas chamá-la de puta é um pouco demais, não acha não