#EntretenimentoEBarbárie
Para articulista do Estadão, o grande culpado pela perda da relevância do jornalismo profissional é o negócio da diversão
A edição impressa do jornal “O Estado de S.Paulo” deste domingo publica um artigo de Eugênio Bucci, que primeiro apareceu na versão digital em 4 de janeiro – no início do mês, portanto. No texto, Bucci reflete (e assim repete a cantilena) acerca da lenta desidratação do jornalismo profissional. Conhecido por seu tom fleumático e sofisticado, agora em 2025 o articulista parece ter tirado as luvas de pelica. O texto começa assim:
Sem jornalismo, mundo não tem democracia e, ironicamente, não tem liberalismo
Imprensa caiu nas garras do negócio da diversão, e isso favoreceu o fanatismo no País e no mundo
Como se lê acima, Eugênio Bucci não apenas está preocupado com o jornalismo profissional, mas, também, com o liberalismo – este edifício que a esquerda brasileira tenta destruir desde o início da Nova República, em 1985. No entanto, como jornalista e professor de jornalismo que é (o articulista é docente na Universidade de São Paulo), Bucci está atento ao seguinte fenômeno: o baixo prestígio da imprensa. Nas palavras do autor, de acordo com levantamento realizado pelo Instituto Gallup, no EUA, “apenas 31% das pessoas disseram ter confiança “grande” (“great deal”) ou “razoável” (“fair amount”) na maneira como jornais, televisão e rádio reportam os acontecimentos. É a pior marca já registrada”.