Vladimir Putin fez fama cavalgando ursos e jogando polônio no cafezinho dos inimigos. Ele vende essa imagem de um sujeito sinistro e perigoso, sempre tentando reviver o romantismo da Guerra Fria com espionagens e bigodes postiços.
A história que Michael Schwartz e Jane Bradley contam no New York Times de hoje é a seguinte: a ditadura russa arrumou um jeito de burlar o sistema cartorário brasileiro para registrar certidões de nascimento retroativas que, posteriormente, seriam usadas por seus agentes secretos.
Tudo começou com um suposto brasileiro que tentava uma vaga de estagiário no Tribunal Penal Internacional, em Haia, Holanda. Victor Muller Ferreira havia concluído uma pós-graduação na Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. Mas, segundo a CIA, seu nome verdadeiro era Sergey Cherkasov.