Ontem, o bom leitor Marcelo Tibau chamou atenção para um erro meu. Esse é o preço por eu não ter pedido ao ChatGPT - o copidesque atual das redações - corrigir nomes e erros de digitação no meu texto. Mas voltemos ao erro específico de ontem que inspirou esse post: escrevi John Biden em vez de Joe Biden. Talvez tenha sido apenas desatenção ou o início de perda cognitiva relacionada à idade (apesar da aparência jovial, faço 43 anos na quarta-feira). Acredito, contudo, que o meu lapso tenha relação com a memória auditiva de certas palavras.
Vejamos o caso da sonoridade de nomes como Stephen King, Steven Pinker ou suas corruptelas Steve Jobs e Stevie Wonder (sem falar nos sobrenomes Stephenson e Stevenson, que significam, literalmente, filho de Stephen ou Steven). Os sons são diferentes, claro, mas tênues aos nossos ouvidos, fazendo com que, ao iniciarmos a escrita das duas primeiras letras dos nomes ("s" e "t"), nosso cérebro acesse a memória auditiva, adiantando-se à memória visual e caindo no erro de completar o final com outras letras cuja sonoridade seja similar. Essa resposta ficou convincente para você, caríssimo Marcelo? Pra mim também não, mas foi a melhor desculpa que consegui arranjar de ontem para hoje.