#FestivalDeLinchamento
Cannes não vive só de cinema, mas também de disputas ideológicas
Se ontem foi um dia estranho para a direita brasileira - com a dissonância cognitiva dos “dois filmes, uma tela” que ocorreu entre Kim Kataguiri, Fernando Haddad, Arthur Do Val e Alvaro Borba -, já as duas últimas semanas foram extremamente bizarras para a esquerda tupiniquim, que frequentou o mais luxuoso dos lugares: o Festival de Cinema de Cannes.
O leitor rabugento do NEIM sequer deve saber disso, mas nos últimos anos surgiu uma horda de críticos cinematográficos que hoje influenciam de maneira decisiva a recepção de um filme.
São eles: Pablo Villaça (bom resenhador e petista empedernido), a turma do Omelete (melhor não comentar), Waldemar Dalenogare (historiador extremamente míope em termos de gosto cinematográfico) e Fabiane Lima (falaremos dela em breve). Isto sem contar a “tia” Isabela Boscov, que conseguiu se reinventar depois de disparar suas ruindades na Veja, e Roberto Sadovski, o monarca das junk-press.
Todos esses nomes (exceto os dois últimos) estavam em Cannes, saboreando o que havia de melhor no banquete cinematográfico.
Porém, havia uma pedra no meio do caminho: Israel.