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Jim Caviezel: De Messias para falso messias

Jim Caviezel apareceu neste fim de semana caracterizado como Bolsonaro. Se depois dessa caracterização ainda não ficou claro para o público o quanto Bolsonaro é ridículo, não ficará mais.

Pois veja bem: mesmo todo ferido e ensanguentado como Jesus Cristo, Jim Caviezel não perdeu o ar de galã. Bastou se caracterizar como Jair para ficar parecendo um “PsicoJeca”.

E essa não é a primeira vez que Caviezel interpreta um sádico psicopata simpatizante de torturas. Ele já viveu o diretor Hobbes no filme Rota de Fuga.

Sempre fui fã de Jim Caviezel. E o fato de interpretar Bolsonaro agora só reforça como ele é um ator versátil: um dia o cara interpreta o Filho de Deus, no outro interpreta o filho do diabo.

Acha exagero chamar Bolsonaro disso? Ora, Jesus disse em João 8:44 que todo mentiroso que se diz religioso não passa de filho do diabo. E, convenhamos, o que Bolsonaro mais fez — e faz — é mentir.

Jim Caviezel sofreu muito filmando ‘A Paixão de Cristo’, foi atingido por raio, deslocou o ombro e se machucou pra valer. Mas nada se compara ao sofrimento de ter que decorar um discurso do Bolsonaro sem perder o nexo ou a sanidade mental

Confesso que fico curioso para saber como Caviezel entregará frases marcantes do personagem que está interpretando:

“To improve the sewer, you just have to shit every other day”

Ou que tal essa frase cristã:

“I hope Dilma dies of cancer!”

Mas estou esperando mesmo para ver o Jim dizer isso no clímax do filme:

“If you have to free Lula, free him! I ended Car Wash!”

Também estou curioso para saber quem será escalado para o papel dos filhos.

Como Moe, Larry e Curly já morreram, imagino que convidem Thammy Gretchen para o papel de Carlos. Resta saber se Thammy conseguirá interpretar um papel menos másculo.

Para Eduardo não precisa de ator. Basta dizer no roteiro que tal sujeito está na Disney quando alguém perguntar por ele.

Já para o papel de Flávio, podem chamar o Mario Frias. Afinal, se Flávio saiu daquele saco, Mario Frias não o larga.

Aliás Mario Frias é o roteirista do filme e os filhos estão envolvidos, então pode-se esperar que Jair seja retratado como um valente herói e corajoso líder — ou seja, será um filme de ficção.

O nome do filme é Dark Horse. Mas não se assuste com o título. É normal Hollywood superdimensionar as coisas e transformar um jegue pálido em um cavalo negro.

De todo modo, para quem quiser assistir a um filme onde um cavalo realmente revela quem é Jair Bolsonaro na direita brasileira, eu sugiro o filme abaixo:

“I belong to the Big Center, I’ve always belonged to the Big Center, and I will always belong to the Big Center”