A matéria sobre o governo que taxa tudo e gasta mais do que tem, publicada na The Economist, trata Jair Messias Bolsonaro como Mr. Bolsonaro, mas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff não precisam de pronomes de tratamento. São íntimos.
O texto é um jeito de falar que o governo é sim perdulário, pode até ser corrupto e incompetente, mas – bendita sois vós, adversativa, salvadora de tudo o que é indefensável – Lula é um democrata:
“Quando, em 2022, Luiz Inácio Lula da Silva derrotou Jair Bolsonaro por uma pequena margem na eleição presidencial do Brasil, os democratas em todos os lugares ficaram aliviados. O Sr. Bolsonaro, um populista de extrema direita, espalhou intolerância e armas, e encorajou a pilhagem da floresta amazônica. Sua ameaça à democracia foi resumida por sua tentativa fracassada de persuadir as forças armadas a reverter sua derrota eleitoral. Quaisquer que sejam suas falhas, Lula é um democrata. E ele agiu rapidamente para conter o desmatamento, o que é do interesse do Brasil e do mundo.
Mas em outros aspectos, o terceiro mandato de Lula como presidente decepcionou. No primeiro, de 2003 a 2007, ele estabilizou a economia com políticas ortodoxas e impulsionou reformas econômicas e programas sociais que impulsionaram o crescimento, reduziram a pobreza e garantiram sua reeleição.”
E depois de Dilma e suas “políticas industriais ineficientes e perdulárias”, o acaso da recessão e o ativismo judiciário: