No vídeo vazado Bolsonaro fala sobre as pesquisas e o resultado das eleições.
Abaixo a transcrição:
Eu não acredito nas urnas. Eu não acredito nos três poderes. Eu não acredito na imprensa. Eu não acredito nem no meu próprio coração, ele é enganoso, e eu sei.
Mas às vezes eu acredito no que eu vejo. E baseado no que eu vi, gostaria de fazer algumas contas de subtração antes que a claque Bolsonarista alegue que a fala de Bolsonaro sobre a pesquisa eleitoral foi irônica.
Vamos subtrair de Bolsonaro os votos das seguintes classes de pessoas:
Os que acreditaram nele durante a pandemia, ficaram tomando invermectina, não se vacinaram e morreram. Esses certamente não votaram nele.
Os parentes dessas pessoas, os que viram pais, mães, tios e avós morrerem na pandemia por acreditarem no discurso bolsonarista. Muitos desses nem eram esquerdistas, mas votaram no Lula, só de raiva. Conheço gente assim.
Os simpáticos por uma mudança e que votaram nele por causa da Lava-Jato. Esses pegaram nojo de Bolsonaro quando o viu fritar o Moro e afirmar orgulhoso com a própria boca: “Eu acabei com a Lava-Jato".
Os sedentos por justiça que comemoraram o desmantelamento do maior esquema de corrupção do País e que depois viram Bolsonaro e seus filhos dizerem: “Se tiver que soltar o Lula que solte!". Quando o Lula foi solto, Bolsonaro perdeu boa parte desses votos.
Os que acreditaram nele quando ele disse: “Se for para governar com toma-lá-da-cá eu tô fora”. Boa parcela dessas pessoas se sentiram feitas de idiota quando o viu, após eleito, afirmar: “Eu sou do centrão, sempre fui do centrão”.
Os que estavam cansados das censuras e autoritarismo do PT e depois viram o próprio governo Bolsonaro censurando filmes, outdoors e críticos.
Os que estavam exaustos do patrulhamento da milícia digital do PT e depois sofreram patrulhamento e linchamento da milícia digital do Bolsonaro.
Os que acreditaram nas promessas de cortes estatais e depois o viram sancionar fundão eleitoral, manter outras mamatas e constataram que a TV Brasil e outros ministérios continuaram lá.
Os que acreditaram que ele poderia manter alguma dignidade e independência quando o viram dizer “Que investiguem meu filho, se ele tiver culpa que pague” mas que logo em seguida o assistiram rifar o País inteiro e fazer acordos com ministros do STF para que o seu filho não fosse investigado.
Os que acharam que ele se esforçaria para governar democraticamente e tentaria passar algumas reformas prometidas mas tudo que viram foi ele criar narrativas de convulsão social e desfilar com cavalo todo 7 de Setembro em frente faixas pedindo AI-5. Muitos não esquerdistas não votaram no Bolsonaro por medo de golpe institucional.
Pegue aí o numero de votos brancos e nulos. Some com os que não votaram a favor do Lula e sim contra o Bolsonaro. O resultado dessa conta é a realidade que aí está. As eleições foram definidas pela gigantesca apatia dos que acreditavam em alguma mudança mas viram que o Brasil é o lugar onde estamos condenados toda eleição a ter que decidir entre as trevas e a escuridão.
Acha mesmo que alguém precisou se dar ao trabalho de fraudar as urnas para que a descarga fosse acionada contra esse oportunista mentiroso?
A maior fraude que a direita brasileira viveu não se chama urna eletrônica. Se chama Bolsonaro.
“A maior fraude que a direita brasileira viveu não se chama urna eletrônica. Se chama Bolsonaro.”
Frase lapidar!!
Em fevereiro de 2919, Bolsonaro já mostrou a que veio quando se aliou a Tofolli para livrar seu filho da cadeia. Meses com o COAF sufocado e o país à mercê de criminosos. Depois disso, ladeira abaixo nas suas promessas de campanha. O LuLa, conhecido desde outros carnavais, dispensa comentários. Foram 36 milhões de votos brancos/nulos que disseram não para as trevas e não para a escuridão. Ainda somos toupeiras elegendo linces.