Enquanto parte do jornalismo brasileiro corre para normalizar a ordem de Xandão sobre o fechamento tupiniquim do Twixter, há quem se ocupe da notícia mais esperada do ano: a escolha de Gabriel Galípolo como o presidente do Banco Central.
No jornalismo econômico fã ou hater do Brasil, Galípolo já era a bola cantada, ainda que se fizesse cerimônia a respeito do substituto de Roberto Campos Neto, o primeiro presidente do BC a conviver com um presidente da República que não o escolheu – essa situação, aliás, que deveria ser prova máxima da robustez das instituições brasileiras se tornou motivo para que Campos Neto ocupasse o papel de inimigo do povo. Num país onde a oposição se vale apenas dos deslizes do governo, faltam personagens até mesmo para uma narrativa tradicional. Mas Campos Neto não é mais notícia. Galípolo é o homem da hora (e o fato do seu sobrenome nos remeter ao local do combate desastroso da Primeira Guerra Mundial, onde o exército australiano, comandado pelos ingleses, perdeu para os turcos em 1916, é um sinal pouco auspicioso).