Euclides da Cunha dizia que o sertanejo é, antes de tudo, um forte.
Hoje, se vivo estivesse, ele diria que o sertanejo é, antes de tudo, um político.
A prova disso é que, ontem, o cantor sertanejo - e de multidões, diga-se de passagem - Gusttavo Lima afirmou que pretende se candidatar à presidência do Brasil.
Depois de Pablo Marçal, que só não foi para o segundo turno na eleição municipal de São Paulo por uma diferença de 50 mil votos, agora o Brasil profundo (aquele que fica entre Goiás, Minas e o interior de São Paulo) vai se manifestar com força total na pessoa de alguém que tem dois “ts” no nome.
Porque Gusttavo Lima não é qualquer um: se ele for de fato candidato, tem a capacidade de amalgamar multidões de um jeito que Bolsonaro ou Pablo Marçal sequer sonharam.