#HabemusMainardi
Seu novo livro ainda nem foi lançado, mas já está em primeiro lugar nas vendas da Amazon
Depois de tanta enrolação, a editora Record tomou vergonha na cara e anunciou o lançamento do novo livro do nosso Doge de Veneza.
Poderia ter fumaça branca e solenidade em latim:
Annuntio vobis gaudium magnum. Habemus Mainardi.
Mas foi sem fumaça branca, sem pompa nem circunstância, embora tenham escolhido uma data muito especial: 22 de setembro. Por coincidência, aniversário do Diogo.
Não deu dois dias e Meus Mortos chegou em primeiro lugar na lista dos mais vendidos na Amazon.
O detalhe é que o livro ainda nem foi lançado. Está em pré-venda.
É o deboche mainardiano às pesquisas do mercado editorial que alardeiam que não existem mais leitores no Brasil.
Mas como dizia María Zambrano, o verdadeiro escritor entra em contato com o seu público quando escreve a primeira linha. Seus leitores coexistem com sua obra e com ele mesmo.
Mainardi nos ensinou a ver a notte oscurissima, senza luna nè stelle que é o Brasil. Literalmente, e de uma forma catártica, revelou nossa realidade mundana, o vale de lágrimas da nossa cultura. Esteticamente, transformou nossa desgraça em comicidade.
Deixou muita gente furiosa com isso. Porque o Brasil passou a viver uma megalomania imaginária que não resiste ao deboche. E, por isso mesmo, já não é capaz de compreender que só alguém com muito amor por este país poderia ser honesto o suficiente para nos dizer uma verdade dolorida ao mesmo tempo em que nos faz rir.
Ainda vamos falar muito sobre Meus Mortos por aqui. Temos bastante tempo até comemorarmos a arte de ressuscitar do Diogo, no dia 22 de setembro.
Ainda que ele dê seus sumiços e reapareça de vez em quando com alguma boa nova, pelo menos aqui no NEIM temos a felicidade de poder soltar a fumaça branca e dizer: Habemos Mainardi.
Saudades das crônicas ácidas do Mainardi. Mas em compensação descobri o Chiuso. Diogo por Diogo, restou-me o Chiuso, que já mostrou muito bem a que veio.
Linda reverencia do Diogo para o outro Diogo! 🥰
* Cheguei aqui por Diogo Mainardi e fiquei!