Em democracias, não há problema em ser ativista, militante ou ideólogo. Apaixonado por si mesmo. Ressentido ou amargurado. O problema começa quando você demoniza o adversário e chama isso de análise. De jornalismo. De liberdade...
Vamos apreciar essa pérola do jornalismo militante, que foi o duelo entre Demetrio Magnoli e Flavia Oliveira - e que deu o que falar.
Flávia errou. E errou feio. Para ser preciso, sua lógica é simples e grotesca: "se não apoia o que eu acredito, é supremacista. Eu sou o bem, o tolerante; você o mal, o opressor".
Patético.
Sério, não entendo como esse tipo de narrativa consegue convencer alguém. Críticas às políticas identitárias nem sempre vêm de ódio ou privilégio. Há quem discorde por razões legítimas. E existem muitas possibilidades legítimas para criticar a agenda woke. Ignorar isso é pura desonestidade. Flávia ignora.
Demétrio percebeu o erro e foi direto e admiravelmente respeitoso. Mostrou que a lógica de Flávia leva a uma conclusão absurda: qualquer liderança contra políticas identitárias seria automaticamente supremacista. Difícil acreditar que alguém precise dizer o óbvio.
Insistente, Flávia rejeita a nuance. Prefere o atalho. Divide o mundo entre "os bons" e "os brancos héteros maus". A pobreza argumentativa, obcecada pela chantagem moral, é tão descarada que chega a constranger.
Insistente, apela ao ad hominem. Não há outra estratégia. Ataca pessoas por discordarem de suas crenças. E, assim, ignora o essencial: argumentos. Numa palavra, não é análise. É militância fundamentalista.
Demétrio manteve a linha. Rebateu a falácia sem cair no jogo. Recusou o simplismo e fez o óbvio: defendeu a razão contra o ruído.
E não, prezada Flávia, isso não significa que Demétrio tenha defendido Trump. Você é capaz de entender isso, certo?
Duvido.
Sem mencionar que nos Estados Unidos existe uma parcela da população negra que considera DEI a pior praga que lhes aconteceu.
Ótima análise. A mesma Flávia recentemente confrontou o Merval perguntando qual o problema do MST ensinar marxismo para as crianças, se era crime. Mais claro quanto ao viés do que ela analisa, impossível. Ela se acha numa cruzada contra o macho branco hétero cis que construiu o mundo que ela vive ao ponto de não ouvir argumentos racionais ou objetivos e sempre agir de acordo com "sentimentos". Isso é péssimo para jornalistas.
E em tempo: o homem negro também quer propriedade, família estruturada, oportunidade de provar sua competência. Não é lacrando na globonews que este cenário vai se construir.