Aristóteles dizia que “o homem é um animal racional”. Mas considerando o que dá audiência na internet, podemos sempre questionar a validade dessa definição.
Albert Camus, em O Homem Revoltado, diz que o ser humano é a única criatura que se recusa a ser o que é. Portanto, esse animal racional pode, a qualquer momento, se revoltar, perder a razão e olhar para o seu semelhante – e para si mesmo – como alguém indigno de respeito.
Mas a moda agora é defender uma ressignificação do ser humano, baseado numa espécie de nietzscheanismo vegano, no qual “o homem é algo que deve ser superado”, mas desta vez com cremes dermatológicos, boa alimentação e uma forma de expressão não-violenta.
Os mais moderninhos podem preferir o profetismo pessimista de Foucault: “a nossa arqueologia pode demonstrar com facilidade que o homem é uma invenção recente e que, talvez, seu fim esteja próximo”.