A cada quinze dias, minha irmã mais velha, Maria Inês, seu marido, António Cândido, e meu sobrinho, Luís Felipe, almoçam comigo após assistirmos juntos à missa dominical. Trata-se de um costume inaugurado por Maria Teresa, minha esposa, e que há quarenta anos persiste.
Quando Maria Teresa faleceu, tentei encerrar a tradição, mas minha irmã foi contrária à ideia e eu, acostumado a obedecer por quase meio século, segui obedecendo.
Durante o almoço do último domingo, comentei que pretendia visitar um alfarrabista no centro de São Paulo em busca de um dicionário morfológico há muito desaparecido e que vi anunciado pela internet.