#ImprensaAnsiosa
O jornalismo profissional encontrou a "ciência" como tábua de salvação para se salvar da sua irrelevância.
Qual é o livro-coqueluche do momento? Difícil uma resposta definitiva. No entanto, parece restar pouca dúvida que um dos livros da estação é A geração ansiosa, do autor Jonathan Haidt.
Haidt é um psicólogo social e, há alguns anos, teve seu A mente moralista entre as leituras recomendadas para falar sobre a divisão política que ameaçava rachar o mundo. Em A geração ansiosa, o autor lança um olhar para o impacto dos celulares e das mídias sociais junto à saúde mental dos jovens.
Mesmo antes da pandemia, a questão da saúde mental era um dos grandes assuntos do momento. Com adolescentes se automutilando, para não falar da escalada dos suicídios, o tema explodiu na pandemia. Como até os dramas sociais podem virar negócio, também o cinema de animação entrou na jogada – prova disso é a sequência de Divertida-Mente 2, que já arrecadou quase 1 bilhão de dólares em menos de um mês. A sinopse do filme, conforme o site oficial da produção, diz o seguinte:
"Divertida-Mente 2", da Disney e da Pixar, regressa à mente de Riley, recém-chegada à adolescência, enquanto o Quartel General é alvo de uma demolição súbita para dar espaço a algo totalmente inesperado: novas Emoções! A Alegria, a Tristeza, a Raiva, o Medo e a Repulsa, que têm feito, sem dúvida, uma boa gestão, não sabem como reagir à chegada da Ansiedade. E parece que ela não veio sozinha.
A ansiedade e a adolescência estão nesse mashup da Disney, empresa que já viveu momentos mais gloriosos e hoje tenta, com o retorno do CEO, Bob Iger, retomar o elã do passado – com a animação, um passo nessa direção foi dado: de acordo com a Veja, o filme é o maior sucesso dos cinemas neste ano, com mais de 1 bilhão de dólares de bilheteria global.
Na Veja desta semana, uma entrevista com Dacher Keltner, o psicólogo por trás de Divertida-Mente 2: