Eu não desenvolvi o hábito de acumular objetos. Valho-me deles e, quando já não servem, dispenso-os sem remorsos.
Fogem a essa regra alguns livros, um relógio de bolso e um canivete suíço. Estes objetos remetem-me a um passado feliz, que recordo sem melancolia.
Quanto aos livros, não se trata do conteúdo deles. Os autores que leio e gosto eu os divulgo, normalmente emprestando-os a quem os recebe como doação.
Luís Felipe, meu sobrinho, e Anselmo Gusmão, meu amigo, nunca me devolveram nenhum dos livros que lhes emprestei, mas também eu nunca lhes emprestei livros que eu tivesse esperança de rever.